O difícil enfrentamento às crises climáticas, tem mostrado que precisamos urgentemente mudar nossa matriz de produção de alimentos. A agropecuária convencional é responsável por 12% das emissões dos gases de efeito estufa no Brasil, segundo a EMBRAPA. Muitas ações vêm sendo desenvolvidas mundo a fora, sejam elas criadas pelos gestores da esfera federal, estadual e municipal, ONGs ou empresas. Todos têm um objetivo comum: frear o aquecimento global e manter este planeta vivo. Para tanto, precisamos fazer nossa parte. Pensando nisso, construímos uma programação de 3 dias, aonde vamos, na prática, aprender como produzir alimentos de forma sistêmica, integrada com natureza, sem perder a capacidade de produção para segurança alimentar da nossa família e da comercialização.
O curso ocorrerá em um sítio agradável nos brejos de Gravatá, no meio da mata úmida serrana, a 800m de altitude, clima perfeito para café de sombra. Nele existe vários quintais agroflorestais, onde é consorciado frutas com café.
O Curso iniciará na sexta-feira à tarde, com um sítio-tour nos quintais agroflorestais com dois técnicos, ambos com vasta experiência no assunto. Veja o perfil deles aqui abaixo.
Durante o curso terá também oportunidade de conhecer as instalações ecológicas, bioconstruções, a mata e um banho de bica gostoso!
Terminado o curso, os alunos recebem um Certificado de 16h/aula.
Wellington Gouveia, vem, há mais de 20 anos, trabalhando com assessoria às famílias agricultoras de várias regiões do Brasil, dentre elas, Rio Grande Norte, Florianópolis, Bahia, Brasília e Pernambuco. Sempre com papel de implantar sistemas agroflorestais que dialoguem com a realidade das famílias. Nasceu em Palmares, PE em 1977. Aos 20 anos se forma em técnico em agropecuária. Começa a sua trajetória na produção de alimentos sustentável ao conhecer Jones Pereira, um dos pioneiros na implantação dos sistemas agroflorestais em Pernambuco. Em 1998, foi compartilhar e aprender, a convite da coordenação estadual do MST/RN, dentro do então programa LUMIAR hoje ATER, técnicas de produção de alimentos mais sustentáveis. No MST ficou por mais de 2 anos. Em 2001 começou a trabalhar pela FASE/PE, onde contribuiu para implantação de 12 hectares de sistemas agroflorestais, que teve como um dos grandes resultados a criação da 1ª feira da agricultura familiar do município de Palmares. Durante as ações do projeto apoiado pela cooperação alemã, teve a oportunidade de conhecer Ernst Götsch, o criador da agricultura sintrópica, onde passou por uma imersão dentro das áreas de vivência do mestre Ernst.
Já em 2010, começa a contribuir com o Centro Sabiá na implantação de sistemas agroflorestais em áreas de preservação permanente, foram mais 30 hectares reflorestados, gerando renda e alimentação saudável para as famílias envolvidas direta e indiretamente com a produção. Em 2014 consegue se formar em gestor ambiental, e amplia o olhar para acompanhar, elaborar e gerir projetos que provocam grandes impactos ambientais. Onde teve oportunidade de acompanhar o reflorestamento de 10ha de mata barragem do prata na cidade de Bonito-PE.
Atualmente, vem desenvolvendo atividades no semiárido pernambucano, através do Centro Sabiá, com implantação e manejo de sistemas agroflorestais. Em paralelo, vem realizando oficinas e cursos sobre sistemas agroflorestais contribuindo com as famílias agricultoras tanto do semiárido como da mata atlântica de Pernambuco.
Antônio Junior, vem a 15 anos trabalhando com assistência técnica, onde a primeira experiência foi na Fazenda Várzea da Onça (Café Iaguara), do manejo à torrefação. A partir de 2011 começa um novo ciclo, agora no Centro Sabia, no Sertão do Pajeú, com produtores de café, trabalho de sombreamento e cobertura do solo e todo manejo necessário. 2013 retorna ao agreste e o trabalho de assistência técnica às famílias. O trabalho voltado à produção de alimentos em sistemas agroflorestais e à comercialização, experiência essa que o leva a apoiar à criação de feiras agroecológicas em municípios como São Caitano, Vertentes e Cumaru. Em 2017 colaborou com o primeiro Seminário do Café Cultural em Taquaritinga do Norte. Em 2018 teve participação no Sindicato Rural de Taquaritinga do Norte onde desenvolveram um trabalho de assistência Técnica aos agricultores familiares. Em 2022 retorno ao Centro Sabia até os dias atuais onde está contribuindo com o programa Uma terra e Duas águas, com a implantação de quintais produtivos.
Em paralelo vem desenvolvendo um trabalho de oficinas e cursos de agrofloresta, juntamente com o companheiro Wellington Gouveia.
Sexta-feira
Chegada a partir das 12:30h, instalação nos quartos e montagem de
barracas.
13:30 Lanche de boas vindas.
14:00 Introdução: Abordagem sobre sistemas de colonização, acumulação e abundância/Triangulo da vida de Ernst Götsch.
15:00h Caminhada pelos quintais agroflorestais, observando os tipos de sistemas agroflorestais e fazendo um reconhecimento de diferentes idades e consórcios de espécies.
16:00h Trilha pela mata, interpretação de paisagem da mata úmida (mata atlântica serrana).
18h JANTAR.
22h Silêncio.
Sábado:
7h CAFÉ DA MANHÃ
8h-12h Implantar uma área de produção de alimentos, tendo como cultura principal o café. Aprender de forma pratica as estratificações e a sucessão, desde dá preparação do solo, plantando mudas e sementes de forma planejada no espaço e no tempo.
12h ALMOÇO
13h Manejo do consórcio de bananal e café (1,5 anos). Manejar as bananeiras para dar entrada de luz para as mudas de café. Realização de desbaste de bananeira, plantio de mudas de bananeira e cobertura de solo.
17h Avaliação do dia.
18:30h JANTAR em volta da fogueira.
22h Silêncio.
Domingo:
7h CAFÉ DA MANHÃ
8h Visita técnica em um sítio de produção de goiaba, com o objetivo de conversar com o produtor, sobre sistemas agroflorestais e procedimentos para implantar um consórcio entre goiaba e outros produtos agrícolas ou arbóreos.
9:30 Manejo de café em área de mata (área preservada).
12h ALMOÇO
13h Manejo de Viveiro Agroflorestal: seleção de sementes, substrato, sombreamento, planejamento, comercialização, abordagem sobre
espécies nativas e exóticas para biomassa e madeira na Agrofloresta.
15:30-16h Avaliação e fim do curso.
Observação: O conteúdo teórico será abordado em rodas de conversa e nas aulas práticas.
Terá lanches durante o percorrer do curso.
Os sistemas agroflorestais (SAFs) podem ser uma estratégia para mitigar as mudanças climáticas e adaptar-se a elas. Existem muitos tipos diferentes de sistemas agroflorestais no mundo, desde cercas vivas de que alimentam o gado, até de culturas de cacau intercaladas com outras espécies. Alguns sistemas refletem antigas práticas indígenas e tradicionais, enquanto outros são adaptados para objetivos agrícolas comerciais em larga escala. Nosso curso se baseia nos princípios da sintropia, desenvolvida por Ernst Götsch, seguindo as leis naturais de colonização, acumulação e abundância. Os SAFs podem ajudar a:
Em Pernambuco existem projetos como o Crédito Carbono, Águas do Céu (apoiado pelo fundo ambiental da Caixa Econômica Federal), Águas da Serra (apoiado pela SEMAS – Secretaria Estadual de Meio Ambiente), entre tantos outros.
A organização do curso não se responsabiliza por eventuais acidentes com os equipamentos de campo, tais como: facão, tesoura de poda, serrinha, enxada, foice e facas em geral. Ficando acordado ser de inteira responsabilidade do aluno inscrito tomar as devidas precauções. A organizadora não pode prevenir eventuais picadas de insetos, ou demais acidentes de causa natural. Importante o uso de vestimenta correta para as aulas práticas e as caminhadas, e seguir as orientações sobre o uso correto de ferramentas. Se o participante tiver alergias, de picada de insetos, de clima frio e úmido, ou de comida, será sob a responsabilidade dele trazer medicamentos e informar a organizadora sobre.
Opção 1: Quartos coletivos, feminino ou masculino, de 2 a 4 pessoas.
Banheiros compartilhados.
Chegada sexta-feira:
À vista até 8/11:
1 pessoa: R$ 590,00/pessoa.
2 pessoas ou mais têm 10% de desconto:
R$ 530,00/pessoa.
À vista até 15/11:
1 pessoa: R$ 690,00/pessoa.
2 pessoas ou mais têm 10% de desconto:
R$ 620,00/pessoa.
Parcelado no cartão até 6 vezes R$ 690,00/pessoa, sem juros.
Inclui alimentação também.
Opção 2: Camping, banheiros e chuveiro externos:
À vista até 8/11: R$ 530,00/pessoa.
2 pessoas ou mais até 8/11: R$ 477,00/pessoa.
À vista até 15/11: R$ 630,00/pessoa.
2 pessoas ou mais: R$ 567,00/pessoa.
Parcelado no cartão até 6 vezes: R$ 630,00/pessoa.
Inclui alimentação também.
Opção 3: Sem dormida.
À vista até 08/11: R$ 400,00/pessoa. Depois esta data: R$ 450,00. Inclui 2 almoços e lanches.
Para as aulas práticas: luvas, bota de borracha, calça comprida, camisa com manga comprida. Boné.
Bandaid, medicamentos, uma garrafa d´água, roupa de banho.
Para se sentir confortável à noite no clima da montanha, é necessário trazer casaco, calça comprida, meias, etc., como também lanterna, repelente.
A Pousada fica a 12km do centro de Gravatá, dos quais 10km em estrada de terra. Procuramos juntar os participantes para que possam dividir transporte. Uma opção é pegar o ônibus para a Rodoviária de Gravatá e dividir táxi com outros participantes até a Pousada.
Bufés vegetarianos: Frutas, verduras das hortas ecológicas, pão e arroz integral, cuscuz não-transgênico/orgânico, feijões, batata doce, cará, ovo de capoeira, leite de cabra, etc.
Localidade: Região dos brejos e das matas serranas, Distrito de São Severino, a 12km do Centro de Gravatá-PE, Brasil.
Cancelamento menos que 7 dias antes da chegada sem atestado médico, terá o inscrito direito à devolução de 50% do valor total.
Cancelamento com atestado médico, terá reembolso do valor total, menos uma taxa de administração de 15% do valor total.
Para aqueles que não comunicarem o cancelamento da sua inscrição à organizadora do curso, até o início deste, não terá direito a reembolso financeiro.